Assalto 4

AsSALTO 04

Armazéns Cunhas

Praça de Gomes Teixeira (Praça dos Leões),14/22, Porto

O edifício em causa é o dos Armazéns Cunhas. Embora existissem já construções naquele local desde final do séc. XIX e depois pela subsequente sociedade por cotas Cunhas & Companhia Lda, fundada por José Almeida Cunha, é apenas na década de 1930 que o edifício é reconstruído, obtendo a aparência que tem hoje.

O projecto deste emblemático edifício que se encontra em confronto direto com o alçado do edifício da reitoria da Universidade do Porto, na Praça Gomes Teixeira (antiga Praça da Universidade), é da autoria do Arquiteto Manuel Marques, havendo no entanto referência à existência no processo de outros intervenientes como os Arquitectos Amoroso Lopes que terá iniciado o processo e Coelho Freitas que o terá finalizado, em meados de 1936.

O pavão existente na fachada, tema recorrente do desenho de arte nova, e a própria ‘fonte’ utilizada na descrição e publicitação do espaço, são apenas indícios dos traçados e ornamentos naturalistas e curvilíneos que vão delineando o espaço interno dos Armazéns. As elegantes escadas que vão relacionando os diversos pisos e os diferentes momentos de comunicação entre níveis são características singulares desta construção pertencente à família Bravo de Oliveira.

Em 1934, esta casa comercial, uma das mais antigas da cidade do Porto, participou na Exposição Colonial realizada no Porto com um pavilhão próprio. Na altura, o panfleto publicitário, para além de uma extensa descrição dos produtos têxteis passíveis de serem encontrados nos Armazéns e da referência à ‘Rosinha’, a Vénus Negra proveniente da Guiné, era evidenciado o novo alçado dos Armazéns Cunhas, que sofreria ainda algumas alterações nos anos seguintes.